sábado, 12 de abril de 2008

nem nome quero te dar

88
**
nem pense em passar novamente
diante da minha janela,
plena, vestindo azul, formosa,
romântica, sensual, provocante,
como da última vez,
e ir embora assim,
me deixando daquela maneira,
sem eira nem beira,
a chama que devora e
você lá fora, insinuando,
e eu lá dentro, me perguntando:
why??
louca para usá-la como luz que flerta
com o vão da porta semi-aberta,
e entre sussurros declarar-te amor eterno:
como és linda, sendo o todo, sendo a parte,
me atrai, me remexe, me maremota.
tua pena, ficarás assim, sem ouvir o que te faz
narcisa em cada lago, o brilho,
ou da próxima vez, nem ouse!
pois será diferente.
e até interromper irás, a tua órbita,
só para encostar os cotovelos na minha janela,
e me observar. plena!
(
)

Nenhum comentário: