soube há pouco. faleceu há alguns dias. há muito o que se falar sobre a cantora tia doca, pastora da portela, a figura que brilha em autenticidade, a mulher cujo pagode, em osvaldo cruz, fez brotar zeca pagodinho, jovelina pérola negra e tantos outros. tia doca era phoda - que me desculpem a expressão, mesmo que em êxtase. disparado, a melhor feijoada do rio de janeiro. disparado, a melhor sopa de ervilha das rodas de samba - azeite, muito azeite: doca sabe das coisas. as histórias de tia doca beiram o fantástico. tia doca, com aquele jeito de guerreira - e o era - parecia indestrutível. mas a saúde era fraca, pressão alta, coração grande. estrela dos grandes momentos do meu primeiro filme, "batuque na cozinha". tia doca me deixou como herança a receita da sopa de ervilha que faço seguindo milimetricamente os passos da portelense. tenho todo o processo gravado. é um olho no vídeo, outro na panela. saudades da tia doca.(
Nenhum comentário:
Postar um comentário