segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

as donas do porto

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imagens :: [anna a.] quando :: [dez 08] onde :: [o porto, portugal]
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que nossos movimentos sejam banhados de luz

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fotos :: [anna a.] quando :: [fev 07] onde :: [sambódromo, rj]
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sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

frase do dia (para ser lida de relance)

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"quem não compreende um olhar, não vai entender uma explicação inteira"
mário quintana
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fim de ano: muita excitação por nada

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eu não gosto das festas de fim de ano. aliás, não gosto de fim de ano. há muito, não freqüento mais a universidade, não tenho mais patrão, carteira assinada, férias, décimo-terceiro salário. sendo assim, fim de ano pra mim não significa necessariamente férias de verão e muito menos dinheiro no bolso. muito pelo contrário: é a era glacial da informação e da minha conta bancária: ninguém está em lugar nenhum, ninguém responde email, atende o telefone, não há respostas às nossas perguntas, ninguém contrata, o setor produtivo das artes fecha pra balanço. ninguém trabalha, tudo pára, pára tudo. estão todos nas ruas vivendo um clima de excitação fora do normal e que me assusta. de repente, fica tudo bem porque é fim de ano: e todos se beijam e se abraçam e desejam coisas boas porque é fim de ano. e, sobretudo, porque é natal. e todos querem ser felizes porque é fim de ano. e porque é natal. só que o natal dura uma noite e um novo ano começa logo adiante e tudo volta ao normal. aliás, adiante uma vírgula porque no brasil o ano só começa depois do carnaval. até lá: tudo em compasso de espera! e o natal, hein? o que é o natal a não ser uma festa pra criança ganhar presente? eu não tenho filhos, salvam meu natal os meus sobrinhos. mas natal é festa pra criança, já não sou mais criança, não tenho crianças em casa. hoje é dia 26 de dezembro, estou no trabalho, eu e todos os demais que dividem espaço de trabalho aqui comigo e se preparam para a era glacial que vem pela proa - o desgelo só inicia em março. semana que vem tem nova invasão às ruas por pessoas excitadas, mais ainda do que no natal porque começa a contagem regressiva, o ano vai terminar e temos que zerar tudo, dizer o que não dissemos, beijar quem não beijamos, comprar roupa branca, catar o que resta de energia no ar e enfiar o pé na jaca porque nada melhor do que iniciar novo ano completamente bêbado e com uma ressaca daquelas que dá vontade até de sumir. clap, clap, clap. bem, cada um na sua! eu também já fiz isso.
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eu tô mais é querendo ficar quieta! e com as minhas c.n.t.p em dia. ser normal já está tão difícil que um ano de c.n.t.p já tá pra lá de bom.
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c.n.t.p = em química, condições normais de temperatura e pressão.
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se a temperatura não subir, eu não explodo. e eu tô quase explodindo faz tempo!
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quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

um beijo. e só :: just a kiss

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eu beijo.
tu nem sempre me beijas
por isso minha boca é dele,
roubada, doada, entregue
– e é bom. alegre, sabes?
sabes, sei bem:
lábia, língua, saliva, céu.
fundo de mar.
já não sei se sabes...
nós não nos beijamos.
acontece.
olha, olha: como eles se beijam!
ali, ali: elas também.
- delícia!
e vós não me beijais...
e daí?
dou com os ombros, me beija ele
e é bom. é alegre, sabe?
dá até vontade de brincar com a água!
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segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

boi garantido [vermelho]


rio ariaú, amazônia brasileira. apresentação dos bois garantido e caprichoso durante o amazonia film festival, nov 08. boi vermelho, o mais popular da região amazônica.
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ariau river, brazilian amazon. special presentation for the guests of amazonia film festival: boi (ox) garantido and boi (ox) caprichoso. the "boi garantido" or "vermelho" (red, its official colour) is the most popular group in amazon.
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boi caprichoso [azul]

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boi azul, atual campeão da festa do boi de parintins, em junho.
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"boi azul" (blue ox), the champion of the biggest popular folk celebration in the amazon region, wich occurs in june, in parintins.
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mesmo que arremessássemos todos os sapatos do mundo, nem assim bastaria

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charge enviada por / by márcia camargos, sp

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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

a fairy tale: once upon a time...venus, jupiter and the moon's smile

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parece que estes planetas, juntos, só se encontrarão com a lua novamente em novembro de 2052.
foto do céu do oeste da austrália.
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apparently the next time these planets and the moon will be so close in the sky is in november 2052.
western australian.
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a distância da terra :: the distance from the earth
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lua/ moon: 0.40 milhões :: million km
venus: 151 milhões :: million km
jupiter: 870 million :: milhões km
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agora, o encontro no céu de beirute, líbano :: sent by jim quilty, the same 'date' , now in a piece of sky in beirut.
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em primeiro de dezembro de 2008 :: december, 1st, 2008

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quarta-feira, 5 de novembro de 2008

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

a dança do miudinho :: ensaio :: essay

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direção, imagem e montagem [anna azevedo]

e vem aí...histórias da geral :: comming soon :: supporter tales [trailer]

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>play it!

filme sobre os geraldinos. imagens exclusivas e inéditas das partidas que deram adeus à geral do maracanã (campeonato carioca de 2005). nada mais apaixonado, louco, desvairado, sofrido, alegre e carnavalizado do que torcer pelo time do coração grudadinho ao gramado, podendo gritar e ser ouvido em campo: quase um técnico; ou correr pela geral acompanhando as joagdas, ser quase o 12o. jogador em campo. todo geraldino tem muitas histórias pra contar.

in brazil, two hundred million people passionately support a single sport: soccer. in the whole history of world sports, there is nothing more passional, dramatic, visually striking or exciting from the point of view of sound and image than this national phenomenon. a film about supporters. 'cause being a football fan in brazil is a theatre performance. we will track down and investigate this drama.

direção e roteiro [anna azevedo] lançamento [segundo semestre 2009]

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terça-feira, 28 de outubro de 2008

criança, aprendi que havia o mundo

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esta minha viagem ao irã foi recheada de flashes de memória: imagens que coloriram a minha infância e me fizeram crescer sabendo que havia muito mundo por aí. emulsionadas dos cartões postais das viagens do meu pai por lugares com nomes enigmáticos, mágicos, saborosos: líbano, marrocos, le havre, tânger...de costumes estranhos, mas com certeza divertidos - aos olhos pueris - como andar de camelos, praias com casinhas na areia, lenços na cabeça, luzes, luzes, sol, sol...tudo em cores fortes, retocadas, maravilhadas. neste mundão, não havia castelos: eram cartões de lugares que estavam mais para as mil e uma noites do que para contos de fada. em teerã, a minha memória voltou a abrir o álbum de viagem do meu pai, folha a folha amarelada com o passar destes mais de 30 anos, durex já sem a cola...mas grudados estão, para sempre, alguns destes postais na minha retina - em seus detalhes. certamente não é à toa que cresci com sonhos de deserto e tapetes voadores...
aqui estão alguns destes deliciosos postais que ajudaram a decorar a minha infância. estes são de 1972.

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e o mundo, pra mim, era algo assim: líbano & marrocos

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**********líbano ****************************** marrocos e beirute (líbano)
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**********************************************************tânger (marrocos)
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...sengeal & canárias

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senegal **************************************ilhas canárias

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...esta flor, este gato

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lisboa e portsmouth (uk)
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...esta estranha combinacao: casaca e balde d`agua

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hamburgo [alemanha]
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...era solar e musical

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barcelona
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...e ainda bem que não havia mais guerras (poor kid)

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a vitória de aquiles

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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

teerã :: a capital se espalha em cinza

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teerã: cinza, poluída e bacana***********************************azadi tower:ícone local

latitude 35°41 n; longitude 51°25 e: teerã é uma cidade espalhada ao sopé da cadeia de montanhas de alborz. a esta época do ano, já estaria rodeada por pinceladas de neve. mas não estava. dizem que a culpa é do tal do aquecimento global! está a 1.190 metros acima do mar. e sua montanha mais alta atinge 5.610 metros - daí a neve! são 14 milhões de pessoas contando com a área metropolitana, 1.500 quilômetros quadrados e a metadae das indústrias do país estão ali. resultado: prédios. poluição. calor. umidade zero. clima desértico. cidade cinza. trânsito sem eira nem beira. lembra são paulo. sem o luxo da avenida paulista. até mesmo os edifícios neo clássicos da capital paulistana a gente vê por lá, nos bairros de classe média. tem iraniano andando pelas ruas com proteção contra poluição! as distâncias são enormes. e o rush hour, em teerã, deve ser levado a sério. não saia de casa, não vá para lugar nenhum a menos que seja estritamente necessário. caos é adjetivo plácido para o trânsito em teerã. nada das ruínas históricas, nada dos coloridos dos mosaicos persas. só nos museus. por que será, então, que a gente se encanta com teerã? deve ser mais um desses mistérios orientais...a verdade é que, pelo menos brasileiro, por lá se sente em casa. parece o brasil. só falta falar português ou a gente falar farsi. dispenso os lenços, o shador, aquele monte de pano preto que cobre as mulheres dos pés à cabeça: no calor, aquilo é pecado! no inverno também. tem alguns palácios, alguns bons jardins. mas arquitetonicamente a cidade é pobre. a graça fica por conta do contraste entre a modernidade e a política religiosa. entre o que é proibido nas ruas e o que é permitido dentro das casas. entre as fantasmagóricas vestimentas negras e a modernidade das jovens, todas lindas, bem maquiadas, com suas mantas ajustadas ao contorno do corpo, os rapazes super descolados, as festas particulares onde bebidas - terminantemente proibidas no corão - chegam em domicílio com a mesma facilidade que, por aqui, a gente pede uma pizza. é preciso estar lá para ver e sentir a tensão entre o novo e o velho; o rigor político-religioso e a modernidade que viceja nas ruas.


*****montanhas de azadi: o anúncio diz cable car, ou seja, teleférico. mas a gente não encontrou nada!********************

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i've been there. and i loved it!

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festival cinema verité

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cinema falestin (detalhe da máscara anti-poluição no rosto da moça) & "dreznica" com legenda em farsi

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foram sete dias e sete noites em teerã, capital da república islâmica do irã. sete ótimos dias participando do ii cinema verité - festival internacional de cinema documental do irã. dreznica era o único filme brasileiro em competição. convidados do mundo todo, no total de 90. alguns são especiais: o 'pai' do cinema direto americano, richard leacock, e a legenda dinamarquesa, jorgen leth estavam lá. vocês já viram isto antes, aqui neste blog? sim, o primeiro no "hotdocs", o segundo no "é tudo verdade". festival político. durante o festival do rio o cineasta iraquiano kassin adib ("depois da guerra de bagdá") me disse que havia sido convidado para o cinema verité, mas que não enviaria seu filme, pois não queria que sua obra fosse usada como propaganda anti-americana. nem sei o que o meu dreznica com tantos sonhos azuis fazia entre bombas e separações. mas estava. e ainda bem que estava, amei estar ali! com tantas guerras em tela, parece que dreznica caiu como um oásis no deserto. erraram feio na projeção, com uma beta zero quilômetro em mãos projetaram um dvd de quinta, foi um desastre, pixels em tela, falta de som em alguns momentos, mas, para a minha surpresa, o público amou o filme e eu fiquei aliviada depois daquele desastre em tela grande. o qg do festival foi o cinema falestin, um prédio como os nossos antigos cinemas de rua, com 3 salas com capacidade média de 400 lugares. neguinho vacilou muito nas projeções, teve filme sendo encerrado antes do fim etc e tal. mas foi absolutamente bom estar em teerã. um país com uma população meio jóia rara - como o cartaz do festival, repleto de pedras preciosas. se não fossem os acessórios muçulmanos, poderia dizer que estava no brasil. e filmaria pelas ruas sem medo de alguém roubar a minha câmera: lá é guilhotina na certa!
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a tradição :: elas

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de branco, uma noiva entra no lobby do meu hotel para sua noite de núpcias: rosto todo encapuzado.
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menianas fofas, com suas bolsas moderninhas, hello kit, snoopy etc - excursão de colégio ao palácio golestan.
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