teerã: cinza, poluída e bacana***********************************azadi tower:ícone local
latitude 35°41 n; longitude 51°25 e: teerã é uma cidade espalhada ao sopé da cadeia de montanhas de alborz. a esta época do ano, já estaria rodeada por pinceladas de neve. mas não estava. dizem que a culpa é do tal do aquecimento global! está a 1.190 metros acima do mar. e sua montanha mais alta atinge 5.610 metros - daí a neve! são 14 milhões de pessoas contando com a área metropolitana, 1.500 quilômetros quadrados e a metadae das indústrias do país estão ali. resultado: prédios. poluição. calor. umidade zero. clima desértico. cidade cinza. trânsito sem eira nem beira. lembra são paulo. sem o luxo da avenida paulista. até mesmo os edifícios neo clássicos da capital paulistana a gente vê por lá, nos bairros de classe média. tem iraniano andando pelas ruas com proteção contra poluição! as distâncias são enormes. e o rush hour, em teerã, deve ser levado a sério. não saia de casa, não vá para lugar nenhum a menos que seja estritamente necessário. caos é adjetivo plácido para o trânsito em teerã. nada das ruínas históricas, nada dos coloridos dos mosaicos persas. só nos museus. por que será, então, que a gente se encanta com teerã? deve ser mais um desses mistérios orientais...a verdade é que, pelo menos brasileiro, por lá se sente em casa. parece o brasil. só falta falar português ou a gente falar farsi. dispenso os lenços, o shador, aquele monte de pano preto que cobre as mulheres dos pés à cabeça: no calor, aquilo é pecado! no inverno também. tem alguns palácios, alguns bons jardins. mas arquitetonicamente a cidade é pobre. a graça fica por conta do contraste entre a modernidade e a política religiosa. entre o que é proibido nas ruas e o que é permitido dentro das casas. entre as fantasmagóricas vestimentas negras e a modernidade das jovens, todas lindas, bem maquiadas, com suas mantas ajustadas ao contorno do corpo, os rapazes super descolados, as festas particulares onde bebidas - terminantemente proibidas no corão - chegam em domicílio com a mesma facilidade que, por aqui, a gente pede uma pizza. é preciso estar lá para ver e sentir a tensão entre o novo e o velho; o rigor político-religioso e a modernidade que viceja nas ruas.
*****montanhas de azadi: o anúncio diz cable car, ou seja, teleférico. mas a gente não encontrou nada!********************
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