quinta-feira, 23 de outubro de 2008

festival cinema verité

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cinema falestin (detalhe da máscara anti-poluição no rosto da moça) & "dreznica" com legenda em farsi

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foram sete dias e sete noites em teerã, capital da república islâmica do irã. sete ótimos dias participando do ii cinema verité - festival internacional de cinema documental do irã. dreznica era o único filme brasileiro em competição. convidados do mundo todo, no total de 90. alguns são especiais: o 'pai' do cinema direto americano, richard leacock, e a legenda dinamarquesa, jorgen leth estavam lá. vocês já viram isto antes, aqui neste blog? sim, o primeiro no "hotdocs", o segundo no "é tudo verdade". festival político. durante o festival do rio o cineasta iraquiano kassin adib ("depois da guerra de bagdá") me disse que havia sido convidado para o cinema verité, mas que não enviaria seu filme, pois não queria que sua obra fosse usada como propaganda anti-americana. nem sei o que o meu dreznica com tantos sonhos azuis fazia entre bombas e separações. mas estava. e ainda bem que estava, amei estar ali! com tantas guerras em tela, parece que dreznica caiu como um oásis no deserto. erraram feio na projeção, com uma beta zero quilômetro em mãos projetaram um dvd de quinta, foi um desastre, pixels em tela, falta de som em alguns momentos, mas, para a minha surpresa, o público amou o filme e eu fiquei aliviada depois daquele desastre em tela grande. o qg do festival foi o cinema falestin, um prédio como os nossos antigos cinemas de rua, com 3 salas com capacidade média de 400 lugares. neguinho vacilou muito nas projeções, teve filme sendo encerrado antes do fim etc e tal. mas foi absolutamente bom estar em teerã. um país com uma população meio jóia rara - como o cartaz do festival, repleto de pedras preciosas. se não fossem os acessórios muçulmanos, poderia dizer que estava no brasil. e filmaria pelas ruas sem medo de alguém roubar a minha câmera: lá é guilhotina na certa!
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