quinta-feira, 30 de abril de 2009

a fração ideal

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joão de barro se esmera no ninho. tico-tico tece gravetos. o tatu se enfurna na toca. e a formiga engenha a polis. já as abelhas, bem, cibernetizam reinos. bicho quer casa. gente também. gente é bicho e isto não é silogismo. mas será que a bicharada faz da casa um sonho, um empreendimento de vida, uma dívida eterna, um sufoco mensal, uma busca insana? ronda-me a última hipótese: a busca insana, que me levará à dívida eterna e talvez ainda ao sufoco mensal. pra que? quem casa é melhor esquecer de querer também uma casa, a menos que vá morar onde não mora ninguém neste rio que só mesmo sendo devoto de são sebastião pra aturar - e gostar! pra que? interrogação residente na menina dos olhos, que se agita toda vez que abro os classificados de imóveis. desde fevereiro. ah, pra ter a minha "fração ideal"... que matemática de vida mixuruca é essa, hein? aprendi que "fração ideal" é como se chama este pedaço de chão de uns 50 metros quadrados amontoado em cima e abaixo e ao lado de tantos outros e mais nada. e por conta desta fração ideal a sua vida vira um inferno de frustração e prisão. tudo bem que pertencemos ao reino animal e ao que parece o bnh perpassa toda a nossa cadeia alimentar, ou seja, é um comendo o outro em busca da tal da...fração ideal...pra no fim da vida você morrer e a fração ser reduzida ao mínimo divisor comum entre herdeiros, e cujo noves fora é zero. que saco esta história de procurar apartamento na zona sul do rio de janeiro!!

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